Um ano depois de um dos casos mais polêmicos de preconceito no esporte, a história vivida por Michael, do Vôlei Futuro, virou livro. O episódio ocorrido com o jogador de vôlei brasileiro, que sofreu com ataques homofóbicos durante uma partida da Superliga, é um dos destaques do “Toda Maneira de Amor Vale a Pena”.
Depois de ter sua intimidade exposta e assumir sua opção sexual, Michael aceitou contar com detalhes o que viveu no dia 1 de abril de 2011. O jogador disse que esta foi a primeira vez que sofreu ataques homofóbicos.
– Eu jamais tinha sido hostilizado daquele jeito, até porque o vôlei tem uma cultura mais família, de respeito. O ginásio estava lotado, era todo mundo gritando, me chamando o tempo todo de “bicha”. O jogo foi passando, as pessoas não paravam. Aquilo foi me irritando. Quando sacava e ia para o banco, uma menininha de uns 10 anos, sentada atrás de mim, gritava: “Bichaaaaaaaaaaaaa”’ Fiz cara feia para ela. E para todo mundo – relatou no livro.
O jogador ainda revelou outras curiosidades de sua vida, como a ocasião que teve a prova de que não se sentia atraído pelo sexo oposto, quando foi levado por amigos a uma casa de prostituição. Hoje convicto de sua opção sexual, Michael diz estar feliz e não se importar com possíveis comentários. Pelo contrário. Faz questão de manter seu ritual de vaidade mesmo nas concentrações dos campeonatos.
– Gay não gosta de cabelo enrolado, né? Faço escova inteligente de três em três meses.
E fiz sobrancelha definitiva também. Sou vaidoso. Na época em que morava em São Paulo, aparecia com roupa nova todas as semanas. Depois sosseguei, fiquei uns dois anos sem comprar nada.Tenho essas fases. E gosto de me cuidar. Sempre carrego na bolsa três tipos de xampu, não sei quantos condicionadores, creme para pentear, secador… É um salão de beleza.
* Foto de um jogo logo apos Michael ter sido alvo de homofobia
Fonte: globoesporte.com
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