Pra início de conversa…

Sorrir, chorar, se irritar, fazer piada, ficar sério, ouvir, falar, falar, falar e retrucar… rs. Eu me considero uma pessoa que fala muito! rs. “Pura carência sua J.” Deve ser. Mas nem sempre fui “prafrentex” assim, sou tímida (pra algumas coisas. rs.). Foi a vontade de trocar informações sobre o mundo e me conhecer melhor que fez com que esse aspecto se espandisse em mim.

E não a nada mais prazeroso do que aprender, absorver conhecimento, sem sentir. Pra mim papear com os vizinhos, amigos, familiares, namorada(o), assistir tv, saracotear pela internet (principalmente redes sociais) é ler o livro mais completo e interativo que o mundo já conheceu: o cotidiano.

É no cotidiano, observando o nosso redor, trocando informações com o máximo de pessoas possíveis, que aprendemos tudo que é necessário para sobreviver. Desde criança somos condicionados a essa prática, e inclusive esse aprendizado, que nos é oferecido de graça, está em nosso cotidiano.

Agora, será que o cotidiano de todo mundo é igual? Todo mundo sempre faz a mesma coisa? Não? Se é diferente, o que faz ser diferente? Sim? Se é igual, o que faz ser igual? Como é o cotidiano de uma pessoa gorda? E de uma magra? Como é o cotidiano de uma pessoa alta? E de uma baixa? O de uma pessoa branca? Negra? E o de uma Lésbica? Será que é muito diferente dos demais seres humanos? Será que ela come legumes? Será que ela toma banho todos os dias? Será que ela dorme nua? (“Ai, deve dormir porque lésbica é tudo safada!” #NOT) Será? Não sei com certeza a resposta de nenhuma dessas perguntas, mas é o que pretendo desmistificar e descobrir nesta coluna.

Há muito tempo que gostaria de criar um blog que mostrasse quão comum e talves até sem graça pode (ou não) ser a vida de uma lésbica. Quando fui convidada a escrever aqui foi como “juntar a fome com a vontade de comer”.

Não pretendo aqui, firmar que o que vou escrever neste espaço será o que SEMPRE acontece na vida de uma lésbica, ou que isso acontece na vida de TODAS as lésbicas, quero mostrar exatamente o contrário disso. Quero mostrar que antes de sermos lésbicas, mulheres, gordas/magras, altas/baixas, brancas/negras, somos um indivído único e exclusivo, que possui livre arbítrio, percepção e leitura de mundo particulares. Quero através do MEU cotidiano mostrar que posso ou não ser e ter as mesmas características que você e então assim, talves quem sabe, ser igual (ou diferente). =D

E então? Se você também já levantou essas mesmas questões que listei, se você também gosta de conversar banalidades num papo leve, descontraído (sem restrições!), e deixar o tempo passar, apenas rir e se divertir, entre. Sense-te em uma cadeira bem confortável, pegue algo gostoso pra comer e beber, que nós vamos fazer uma das atividades mais antigas da Terra: nos comunicar, compartilhar fatos e experiencias, trocar informações – traduzindo – papear!

Bom carnaval,
J.

1 Comentário

  • Excelente coluna. é bom sairmos um pouco da utopia e quebrar rótulos que, na maioria das vezes, nos é atribuído injustamente…
    Boa sorte J. acredito que sua coluna será uma das mais lidas…

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