Entenda que firmar uma relação relativa x passiva nas relações lésbicas (e também nas gays) é sim adotar padrões binários cisheteronormativos.
Afinal a idéia de ativo para quem agi na relação, seja no âmbito de predominância nas tomadas de decisões, na tomada de atitudes nas relações sexuais, no ato de quem penetra, ser a figuração de um possível paoel masculino, que comanda, que toma a iniciativa.
E sobra para a passiva, como a própria palavra designa, a que espera o ato, a que não toma ação na vida conjugal, que não participa, que é penetrada, a ideia do que é uma mulher para casar no desenho da fêmea social.
Para isso mudar comece a questionar-se, pensar como você vive suas relações e, o quanto essa relação se parece com relações heterossexuais, não diga apenas que é questão de gosto, só para não se dar ao trabalho de pensar sobre sua maneira de agir, aceitar que sim, você tem atitudes compatíveis com casais formados com papéis de “homem e de mulher” o que não cabe para um casal lésbico.
Repensar é ter a oportunidade de não viver da forma imposta pela sociedade de como é e deve ser um casal.
Se é para quebrar padrões e se dizer sapatão com orgulho, ou algo como eu sou revolucionária por amar outra mulher, seja revolucionária também em repensar a maneira que você se relaciona.
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